domingo, 7 de novembro de 2010

Sites de apologia à anorexia

"Comida é uma coisa nojenta, massa corporal é banha e a fome é a melhor amiga de uma mulher."

Obcecadas pela magreza excessiva e portadoras de distúrbios alimentares (embora não reconheçam isso), algumas jovens resolveram usar a internet para dividir com outras anoréxicas o que consideram um estilo de vida. Segundo uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, 67% dos membros desses ciberespaços são jovens entre 13 e 17 anos de idade e 5% deles são menores de 14 anos. A maioria raparigas. Os ambientes que serviram de amostras tratam a anorexia e a bulimia como um estilo de vida, e não como doenças. Neles, os depoimentos podem ser lidos como verdadeiros diários com histórias de jovens que depositam na internet o sonho de terem um corpo perfeito e contam com desenvoltura o que fazem para se livrar daquilo que consideram ser gorduras a mais.
O perigo está no fácil acesso a este tipo de informação. O culto ao corpo perfeito, estigmatiza os obesos e faz com que milhares de pessoas ponham a estética como prioridade nas suas vidas, o que muitas vezes pode gerar uma obcessão, desenvolvendo-se os disturbios. O mundo virtual oferece dicas nutricionais que comprometem significativamente a saúde do indivíduo. Estes sites partilham dicas para que o anorexico possa disfarçar o seu disturbio. É importante a familia estar alerta e verificar os sites que o doente frequenta.



sexta-feira, 5 de novembro de 2010

À procura da perfeição... fatal


Embora o video esteja em brasileiro, retrata exactamente a sociedade em que vivemos, o ideial de beleza que nos é transmitido, ideal esse que nem existe... Vejam, dá que pensar.

A ditadura da beleza

Hoje, os padrões de beleza são ditados pelos meios de comunicação social e também pela sociedade em geral. Parte da culpa dá-se principalmente à televisão, que frisa que o ideal de beleza e saúde é uma mulher extremamente magra. Por isso cada vez mais os jovens estão a render-se à cirurgia plástica, tratamentos de estética e deixam de comer, em vez de cuidarem da saúde física e mental.
A recusa em manter um peso adequado para a sua estatura, o medo intenso de ganhar peso e a distorção da imagem corporal são as principais características da anorexia nervosa, transtorno alimentar que surge, geralmente, na adolescência e manifesta-se 90% dos casos em mulheres.
É fácil reconhecer um começo da anorexia, basta observar se o individuo começa a perder peso rapidamente. A mudança é brusca, de uma hora pra outra, a pessoa fica com uma aparência cansada e com um Índice de Massa Corporal (IMC) abaixo dos 15%. Quando isso acontece é importante que os pais fiquem de olho nos seus filhos adolescentes, observando quando estes evitam fazer refeições com a família, só falam em perder peso, cortam os alimentos em pedaços pequenos, escondem a comida, praticam incessantemente actividades físicas, ou procuram informações na internet sobre sites de anorexia para trocar experiências.
Esta é uma doença grave com comprometimentos físicos e psíquicos. Por isso, precisa de muitos profissionais no seu tratamento. A família deve apoiar o trabalho da equipa e precisa ser muito bem orientada.

Existem "gordinhas" que são muito bonitas, assim como existem magras que são horríveis.


quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Estatisticamente falando...

Nos últimos anos os países desenvolvidos têm dado mais atenção ao problema dos disturbios alimentares, como é o caso dos Estados Unidos, que têm promovido estudos que podem ser uma importante fonte de informação no que toca à prevenção e tratamento desta patologia.
Quanto aos resultados destes estudos, descobriu-se que aproximadamente 8 milhões de americanos são anorécticos, sendo que 7 milhões são do sexo feminino. Também foi revelado que a anorexia é a doença mental mais que mais mata nesse país: entre 5% e 10% dos doentes morrem 10 anos após contraírem a perturbação e apenas 30% a 40% recuperam “totalmente”; é ainda de salientar que a principal causa de morte de raparigas com idades entre os 15 e os 24 é precisamente a anorexia. No que diz respeito ao tratamento, os estudos revelam que cerca de 80% dos anorécticos não recebe a terapia adequada, o que explica em parte a elevada taxa de mortalidade apresentada. Este problema resulta do facto do tratamento ser dispendioso para as famílias, que não recebem apoios do estado ou de outras associações.
Concluindo, estes dados ajudam-nos a perceber a difícil realidade deste distúrbio alimentar que afecta principalmente os adolescentes, sobretudo raparigas, que vivem em países desenvolvidos.


"Não posso comer isso... estou de dieta!"

Os disturbios alimentares constituem uma verdadeira "epidemia" que consome sociedades industrializadas e desenvolvidas afectando, sobretudo, adolescentes e adultos jovens. Quais serão os sintomas desta epidemia emocional?
De um modo geral, o pensamento doentio das pessoas portadoras destas patologias caracteriza-se por uma obsessão pela perfeição do corpo. Na realidade, trata-se de uma "epidemia de culto ao corpo". Essa "epidemia" multiplica-se por uma população patologicamente preocupada com a perfeição do corpo e que está a ser afetada por alterações psíquicas caracterizadas por distúrbios na representação pessoal do esquema corporal. Esta procura obsessiva pela perfeição do corpo tem várias formas de se manifestar e, algumas delas, diferem notavelmente entre si. Existem os disturbios alimentares mais tradicionais, que são a Anorexia e Bulimia nervosas mas, não obstante, existem outros que estimulam-se e desenvolvem-se na denominada "cultura do esbelto".

Os transtornos alimentares (a anorexia e a bulimia são os mais conhecidos), fazem o paciente desenvolver uma relação doentia com a comida: ou empanturram-se com 15 mil calorias numa única refeição para depois mandar tudo para fora (caso da bulimia) ou ficam dias sem comer (na anorexia). O impacto que os disturbios alimentares exercem sobre as mulheres é mais prevalente, ainda que a incidência masculina esteja a aumentar assustadoramente.